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Alienação Parental: O que é e como a Lei protege as crianças?


A alienação parental, infelizmente, tem se tornado cada vez mais comum nas disputas familiares. Ocorre quando um dos pais, ou responsável, manipula a criança para afastá-la do outro genitor, criando um ambiente de hostilidade ou desconfiança. Isso pode acontecer através de mentiras, interferências ou atitudes que visam prejudicar o vínculo entre a criança e o outro genitor, gerando danos psicológicos ao menor. As consequências são graves e afetam diretamente o desenvolvimento emocional e psicológico da criança, gerando ansiedade, depressão e dificuldades de relacionamento.


O que é alienação parental?


A alienação parental foi consolidada na legislação brasileira pela Lei 12.318/2010 (atualizada com a Lei 14.340/2022 sobre a aplicabilidade da Lei de Alienação Parental), que descreve esse comportamento e oferece medidas para combatê-lo.


A lei reconhece a importância de ambos os pais no desenvolvimento saudável da criança e tem como principal objetivo garantir que o convívio familiar seja preservado. Além disso, essa prática é considerada uma violação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente, impactando diretamente seu desenvolvimento emocional.


Exemplos incluem:


  • Falar mal do outro genitor na frente da criança;

  • Dificultar ou impedir as visitas e o contato entre o outro genitor e a criança;

  • Fazer falsas acusações, como de abandono ou maus-tratos;

  • Induzir a criança a rejeitar o outro genitor sem motivos reais.


A legislação brasileira permite que, ao identificar a alienação parental, o juiz tome várias medidas para proteger o direito da criança de manter uma relação saudável com ambos os pais, tais como:


  • Advertir o alienador;

  • Multar o responsável;

  • Ampliar o regime de convivência com o genitor alienado;

  • Modificar a guarda;

  • Determinar acompanhamento psicológico ou psiquiátrico;

  • Suspender ou inverter a guarda em casos mais graves.


Com a Lei 14.340/2022, algumas modificações foram introduzidas, como:


  • Visitação assistida: Um direito mínimo de visitação assistida foi estabelecido para garantir o convívio entre a criança e o genitor em locais supervisionados, como fóruns ou entidades autorizadas, exceto em casos que apresentem risco à segurança da criança.

  • Nomeação de peritos: Nos casos em que não houver profissionais capacitados para avaliar a alienação parental, a lei permite a nomeação de peritos.

  • Depoimento especial: Quando necessário, o depoimento da criança ou adolescente deve seguir procedimentos especiais, conforme a Lei 13.431/17, para evitar traumas adicionais.


Consequências para a criança


A alienação parental pode causar sérios danos psicológicos, como ansiedade, depressão, baixa autoestima, e dificuldades em formar relações saudáveis no futuro. A criança, ao ser exposta a conflitos familiares, pode desenvolver sentimentos de culpa, insegurança e sofrimento emocional, sendo levada a rejeitar um dos genitores sem razão válida.


  • Sofrimento emocional;

  • Baixa autoestima;

  • Ansiedade e depressão;

  • Dificuldade em formar relacionamentos saudáveis;

  • Confusão por ser levada a rejeitar um dos genitores injustamente.


Esses impactos podem afetar o desenvolvimento emocional da criança a longo prazo, comprometendo sua capacidade de criar vínculos afetivos no futuro.


Como provar a alienação parental?


Provar a alienação parental é desafiador, mas há meios de reunir evidências, como:


  • Mensagens, e-mails ou gravações que mostrem tentativas de impedir o contato com o outro genitor;

  • Testemunhos de terceiros sobre a conduta do alienador;

  • Relatórios de psicólogos ou assistentes sociais;

  • Perícias judiciais e depoimentos especializados.


Essas provas são essenciais para o juiz entender a gravidade da situação e aplicar as medidas corretas.


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Perguntas Frequentes sobre Alienação Parental


1. O que é alienação parental? É a manipulação de uma criança por um dos pais para afastá-la do outro genitor.


2. Quais são exemplos de alienação parental? Falar mal do outro genitor, dificultar visitas e fazer falsas acusações.


3. Como identificar a alienação parental? Por comportamentos como recusa de contato e desqualificação do outro genitor.


4. Como provar a alienação parental? Através de mensagens, testemunhas e relatórios de profissionais.


5. Quais são os efeitos da alienação parental na criança? Danos emocionais, como ansiedade, depressão e dificuldades de relacionamento.


6. Como a lei protege a criança contra a alienação parental? Por meio de advertências, mudanças de guarda e suspensão da autoridade parental.


7. O que mudou na Lei de Alienação Parental em 2022? Introdução da visitação assistida e nomeação de peritos.


8. O que acontece se a alienação parental for comprovada? Sanções ao alienador, como multas e mudança de guarda.


9. O que fazer se suspeitar de alienação parental? Consultar um advogado e reunir provas.


10. Qual é o papel de psicólogos e assistentes sociais? Identificar a alienação, realizar laudos e auxiliar o juiz.


11. A alienação parental é crime? Não é crime, mas pode levar a punições severas no âmbito civil.


12. Qual a punição para o alienador? Advertências, multas e até modificação da guarda da criança.





 
 
 

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