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Consumo Consciente: A Responsabilidade Compartilhada e os Desafios da Sustentabilidade no Brasil


Hoje, no Dia Nacional do Consumo Consciente, instituído em 2009 pelo Ministério do Meio Ambiente, convidamos à reflexão sobre o impacto de nossas escolhas – tanto pessoais quanto corporativas – e a responsabilidade compartilhada entre consumidores, empresas e governos.


Atualmente, as empresas são cada vez mais pressionadas a implementar políticas de logística reversa, gestão de resíduos e responsabilidade sobre toda a cadeia produtiva. No entanto, mesmo com essa pressão, a realidade da reciclagem no Brasil enfrenta desafios.


Um dos maiores obstáculos ao avanço da reciclagem nacional é a crescente importação de resíduos de outros países. Entre 2019 e 2022, a compra de resíduos como papel (109,4%), vidro (73,3%) e plástico (7,2%) aumentou substancialmente, mesmo após o atual governo elevar as taxas de importação para 18%. Paradoxalmente, importar resíduos ainda é mais barato para muitas empresas do que reciclar o material gerado internamente. Isso precariza ainda mais o trabalho dos catadores, que veem o valor do material que recolhem cair e suas condições de trabalho se deteriorarem.


Essa distorção tem impactos profundos. O Brasil gera mais de 80 milhões de toneladas de resíduos por ano, mas recicla apenas 4%. Ao importar resíduos – muitas vezes sem rastreamento adequado e com contaminação por elementos tóxicos – deixamos de fortalecer nossa cadeia de reciclagem e de promover uma economia mais sustentável. Além disso, a dependência de resíduos importados enfraquece a competitividade do mercado interno e agrava problemas ambientais e sociais, como a proliferação de lixões e a marginalização dos catadores.


Empresas que assumem o compromisso com práticas de logística reversa e priorizam o uso de resíduos nacionais estão não apenas contribuindo para a sustentabilidade, mas também criando valor agregado para seus clientes e investidores. Hoje, mercados nacionais e internacionais – especialmente os investidores que seguem os critérios ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) – buscam cada vez mais marcas que demonstrem responsabilidade social e ambiental. A falta de clareza sobre o destino dos investimentos ou o envolvimento em práticas insustentáveis pode afastar esses investidores.


Investir em sustentabilidade não é apenas uma responsabilidade social, mas também uma oportunidade financeira. As empresas que se adaptam e implementam práticas sustentáveis podem reduzir custos a longo prazo, melhorar sua reputação e evitar litígios. Além disso, a conformidade regulatória fortalece a credibilidade e protege as empresas contra possíveis demandas judiciais.


A colaboração com o setor produtivo e o poder público é essencial para que a logística reversa seja viável. Setores como o farmacêutico já têm implementado essas práticas, garantindo o descarte adequado de medicamentos vencidos, protegendo tanto o meio ambiente quanto a saúde pública.


O licenciamento ambiental também é uma ferramenta crucial para garantir que projetos, como aterros sanitários, sejam implementados de maneira adequada, evitando os danos causados por lixões mal gerenciados. Nesse contexto, os catadores desempenham um papel fundamental, mas ainda enfrentam desafios como a falta de incentivos adequados e a competição desleal com resíduos importados.


Em última análise, somos todos responsáveis pelo que consumimos e descartamos. E, para que possamos avançar de forma sustentável, é essencial que empresas, governos e consumidores se unam para promover uma economia mais justa e circular. Se sua empresa busca soluções para implementar práticas de sustentabilidade e logística reversa, entre em contato conosco – estamos prontos para ajudar.



 
 
 

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